"Um playground para a arte", o Contemporary Summer recebe uma série de artistas em Draguignan

Carola Czernecki Publicado em 08/07/2025 às 20h20, atualizado em 08/07/2025 às 20h20.
É uma das exposições de arte contemporânea mais antigas da França. O evento, criado na década de 1990 por Fabrice d'Agosto, então um jovem estudante de história, inaugura sua 33ª edição.
Atualmente responsável pela Unidade de Arte Contemporânea da Biblioteca de Arte Urbana, o entusiasta reflete sobre seu desejo de destacar o trabalho de artistas de origens muito ecléticas.
"Eu queria popularizar a arte contemporânea. Ao oferecer o evento em formato de tour, permito que os visitantes vivenciem a cidade de uma maneira diferente", explica o Dracénois, orgulhoso de ver o evento continuar.
Inaugurado na capela do Bom Pastor, na presença de Nathalie Perez-Leroux, delegada para a ação cultural da aglomeração Dracénie Provence Verdon (DPVa), este evento anual acolhe as obras de sete criadores (veja abaixo), em dois lugares culturais emblemáticos da cidade do Dragão: a capela do Bom Pastor e o centro cultural Chabran.
Escultura, pintura, gravura, fotografia ou até mesmo colagem... Os amantes da arte terão muitas opções, como essas tapeçarias contemporâneas penduradas nas paredes da capela, que são imediatamente visíveis aos visitantes assim que entram pelas portas do antigo edifício religioso.
Além disso, e para enriquecer a exposição de verão de uma forma divertida e original, uma caça ao tesouro permitirá aos visitantes passear pela cidade, descobrindo o patrimônio local.
"É uma maneira de ver a cidade como um playground e um campo de arte", continua Fabrice d'Agosto.
Biblioteca de Arte: frequência revista em altaTalvez, no final, a descoberta do Santo Graal? "Pedrinhas feitas pela artista Céline Sassatelli serão escondidas em lugares ao redor de Draguignan", explica Varois.
Depois, basta ficar atento às pistas que serão dadas na página do Instagram da Artothèque ( @artodraguignan ) durante esses dois meses de verão. "Quem encontrar uma pedrinha virá trocá-la por uma verdadeira obra de arte criada pelo artista."
Quatro pinturas representando as quatro estações do ano e heroínas de contos de fadas serão oferecidas aos vencedores.
Eles estão atualmente em exposição na Capela Good Shepherd, que abriga a Biblioteca de Arte durante todo o ano.
Um centro de exposições, o local acolhe fãs desta coleção de obras de arte emprestadas a particulares, anteriormente localizada no Pôle Chabran. "Mudá-la foi uma aposta arriscada, quadruplicamos o público. Funciona muito bem. Aos sábados, não paramos!", garante o gerente do local.
Mais uma prova de que a oferta cultural em Dracénie está florescendo: "Depois do deserto, é um boom! No centro da cidade, agora há opções diferentes", observa Fabrice d'Agosto. "Vejo todo mundo e é um sucesso", conclui.
Vários artistas para descobrirO Verão Contemporâneo recebe novos artistas de toda a França. Três deles expõem na Chapelle du Bon Pasteur.
Sophie Achilli oferece uma mistura de colagens, recortes e gravuras, apresentados em formato tridimensional e na forma de quadros-caixa, também conhecidos como dioramas. O resultado são retratos, cenas e paisagens imaginárias. Essas caixas de curiosidades são frequentemente apresentadas como parte de um conjunto maior.
Matthieu Faury explora um universo pessoal que mistura épico, bestiário, darwinismo, arquitetura distorcida e um desejo pela natureza. Sua prática artística combina desenho, escultura, instalação e performance.
Suas obras expostas são totens cobertos com redemoinhos de terracota vitrificada, sugerindo crescimento e energia em constante mudança.
Aurélia Jaubert é uma artista versátil que trabalha com uma ampla gama de suportes. Nem tapeçaria clássica, nem tela gigante, nem colagem, as obras na capela assemelham-se a uma espécie de "patchwork sobre tapeçaria antiga", explica a artista, que cria novas composições, como esta pintura sobre o altar, intitulada "Veado Alado".
"A ideia é reunir esses bordados e torná-los algo mais visível, algo que saia das sombras", explica a artista parisiense.
No Centro Cultural ChabranBérénice Szajner expõe suas obras no Gabinete de Curiosidades. A ambição central de seu trabalho é reconsiderar e refazer a relação distorcida e fragmentada entre natureza, homem e animal. Por meio da arte, ela se esforça para destacar a beleza de diferentes espécies.
Christine Gendre Bèrgère chegou à gravura trabalhando com as linhas pretas do desenho a nanquim. Ela iniciou sua carreira gravando séries para contar histórias. Isso lhe permitiu explorar diversos temas em profundidade, os quais aborda de diferentes ângulos. Suas fontes de inspiração são o cinema, a literatura e o espírito da época.
Jean-Luc Caradec expõe suas fotografias no saguão do conservatório. Ele tem o desejo de "capturar um momento ou fragmento de beleza ou emoção em um piscar de olhos". Sua abordagem artística se assemelha a um "diário visual", com um gosto por borrões, distorções, texturas, sobreposições...
Eléonore Dadoit Cousin recupera recortes de imagens de revistas, cartões-postais antigos e fotografias, usando-os para criar colagens instantâneas. Ela criou o pôster para o Verão Contemporâneo.
Além disso, um pequeno percurso de arte contemporânea composto por cerca de vinte obras pode ser visto em forma de exposição permanente no Museu de Artes e Tradições Populares (ATP).
Info+ Verão Contemporâneo, até 13 de setembro, Chapelle du Bon Pasteur, rue Roumanille, de quarta a sábado, das 10h às 12h30 e das 14h às 18h. Quinta e sexta, das 14h às 18h. Domingo fechado.
Centro cultural Chabran em horários habituais, mais informações em: culture.dracenie.com .
360 é o número de exposições de artistas realizadas em Draguignan desde a criação do verão contemporâneo em 1992.
Var-Matin